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Papo sobre a cultura Hip-Hop lota auditório da Feira do Livro




















Cerca de 250 pessoas participaram na manhã desta quarta (4) de um papo descontraído e instigante sobre a cultura Hip-Hop. A roda de conversa “Qual é a do rap” reuniu jovens de escolas públicas e privadas de Foz do Iguaçu, na 9ª Feira Internacional do Livro.

O bate-papo teve a participação do militante do movimento hip-hop e do Cidade Nova Informa (CNI) Mano Zeu e a mediação do agente cultural Alexandre Bogler, do projeto Plugado. Para “situar”o público, Zeu utilizou como exemplo um muro branco, pelo qual passava diariamente, até que um dia viu que o muro estava pichado e assim, passou (o muro) a se comunicar de alguma forma.

“Foi então que a gente percebeu que os muros tinham donos”. Dessa maneira, o músico explicou ao público sobre as formas de repressão e todo o sentido de protesto do rap. “O rap me fez entender a questão se classes sociais. Explico o Hip-Hop pela minha própria trajetória, de negro e morador de favela”.

Ele destaca que o rap é uma forma de declarar como funciona a distribuição de riqueza e o motivo da desigualdade social. “No meu bairro o único bosque que tinha paras as crianças brincarem, hoje é um condomínio fechado”, aponta. “A arte é uma forma de criar consciência”.

Críticas – Mano Zeu revelou que no ano passado, após uma apresentação do grupo de rap Aliados da Periferia, na própria Feira do Livro recebeu diversas críticas. “Ouvi pessoas dizendo isso que não tinha nada a ver com feira do livro, também senti o preconceito em alguns olhares”.

Para ele, a expressão popular deste tipo de arte ainda não é aceita pela sociedade, por isso o movimento Hip-Hop criou um circuito alternativo. “É ilusão achar que fomos aceitos. O rap sempre falou as reais impressões de Foz, narrando a cidade não oficial, mas a real”, completou Zeu.

(H2FOZ - Fernanda Regina)


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